Anciãos Embaixadores

Promover o envelhecimento ativo, demonstrando a importância que o envolvimento dos nossos “Anciãos”, está presente no processo de criação de regiões competitivas e sustentáveis, que celebram a nossa herança cultural e tornando-as em elementos distintivos e que aceleram a evolução social, económica e ambiental. 

De forma a fomentar a ligação dos participantes à cultura e tradições regionais, a Escola de Anciãos incentivou vários artesãos e curiosos para participarem nas diversas atividades. Foram muitos os Anciãos que partilharam connosco histórias e memórias de quando a sustentabilidade era prática e não tema. De todos estes Anciãos, cinco foram denominados embaixadores deste projeto. Fique a conhecer:

António Bicho partilha a sua dedicação e paixão pela madeira com a exposição da sua coleção privada, que está disponível para visita gratuita no Museu Caluta, em Cuba do Alentejo, Beja. Nesta exposição alberga desde de miniaturas, a peças de mobiliário, tendo todas estas sido criadas e produzidas pelo próprio. Cada obra tem uma história, testemunhando o património e a tradição de Cuba.

António Guerreiro aprendeu a trabalhar a cortiça sozinho, inspirado por uma visita de estudo, onde conheceu o artesanato ligado à cortiça. A sua profissão não esteve ligada a cortiça, mas o amor por esta arte sempre prevaleceu. A sua habilidade e criatividade levam-no a criar peças únicas e é conhecido por criar pequenos animais através de diversos recursos naturais como pinhas e bolotas, que vai apanhando e complementando as suas peças.

Maria Angelina Rosário partilha de grande conhecimento sobre práticas e tradições ancestrais, ligadas à criação de soluções caseiras e sustentáveis provenientes dos recursos endógenos locais e naturais que a natureza “oferece”. Estes saberes tradicionais estão enraizados na cultura e história da região e com a sua ajuda vão passando de geração em geração, promovendo a utilização de recursos naturais e locais, o bem-estar e uma vida mais próspera para quem as utiliza.

Joaquim Delfino é um dos poucos artesãos que trabalha o buinho, para a criação e reconstrução de cadeiras e bancos artesanais. Este trabalho é feito a partir do empalhamento em buinho, que é apanhado pelo próprio na região envolvente. Durante praticamente toda a sua vida, dedicou-se à produção deste tipo de mobiliário e é com orgulho ensina e partilha os seus conhecimentos.

António Rato trabalha a cortiça desde novo, e foi durante a sua infância que começou a criar os seus brinquedos com as “sobras” de trabalhos de cortiça. Dedicou a sua vida aos trabalhos do campo, nunca deixando o amor pelos trabalhos minuciosos de artesanato, esculpindo o que lhe pedem nesta matéria-prima. Hoje tem muito para ensinar sobre a arte de moldar a cortiça.

O projeto Escola de Anciãos é desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento Regional e pela Associção Círculo Primaveril – Associação para a promoção da Economia Circular e da Ecoinovação Social com objetivo de reforçar a abordagem do território em material de intervenção social para promoção da sustentabilidade ambiental e social com base em estratégias locais de desenvolvimento assentes em parcerias locais, nomeadamente entidades de formação e voluntariado e desenvolvimento regional. Este projeto conta com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Cuba, Associação Make it Better e Terras Dentro, e é cofinanciado pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu, no âmbito do Aviso “Projetos inovadores/experimentais na área social (DLBC)” do PO Alentejo 2022.